É bom que estas coisas [aluno que passa de ano com 9 negativas] sejam do conhecimento alargado da população. Portugal gasta muito dinheiro com brincadeiras. Para fazer de conta que é europeu, moderno, de esquerda.
A lei é muito clara: a escoloridade é obrigatória até ao 9.º ano e até aos 15 anos de idade. Não tarda sê-lo-á até ao 12.º ano. Por causa das metas estatísticas. Os alunos, mesmo que refractários, têm de estar na escola. E a escola procura maneiras de os reter até ao limite legal.
Há um problema de educação geral. Que não tem a ver directamente com a escola, mas com a imagem que se tem da escola e do que dela se pretende. Considera-se, por exemplo, que é melhor ter os adolescentes ocupados dentro da escola do que à solta na rua. Em nome da segurança, do bem comum, blá blá. Mas a verdade é que os comportamentos de risco sempre existiram e continuarão a existir e que por mais boas intenções há um razoável número de pessoas que detesta a escola. O problema não está aí. O problema é querer a todo o custo baixar o nível para que esse tipo de alunos seja absorvido pelo sistema. Mesmo quando as mundividências são opostas aos princípios da escola.
Há já muitos estudos sobre os aparelhos repressores do Estado e sobre os valores que a escola defende. Como há muitos mais sobre a infantilização do ensino público. Mas ainda são poucos os estudos que abordam as consequências dessa infantilização na democracia.
Há já problemas graves no que respeita ao domínio da língua portuguesa. Lê-se mal, não se percebe o que se lê e passa-se adiante como se isso não fosse muito grave. Forma-se gente que terá 9 ou 12 anos de escolaridade e mal sabe ler. Que está, portanto, ao nível dos mais velhos que apenas fizeram os 4 anos de escola primária. Com a agravante de nesse tempo não se considerar nunca os alunos com dificuldades na aprendizagem e de eles serem, actualmente, o cerne das políticas educativas. Ou seja, quando não se gastava um chavo com apoios, com equipas multidisciplinares a escola afastava muitos que eram absorvidos pelo mercado de trabalho. Agora, que se gastam fortunas com essas coisas, os que completam 12 ou mais anos de escolaridade saem para o desemprego. E são educados no princípio de que têm o direito a receber ajudas. A mendicidade é geral e promovida pelo próprio Estado, leia-se, pelo dinheiro dos contribuintes. O país paga para que a fachada se mantenha e ainda contribui para os colégios e escolas particulares que rejeitam os alunos com dificuldades. E olha-se para os diversos programas eleitorais dos aprtidos que concorrem a eleições e não se vislumbra uma ideia que seja para contrariar este tipo de coisas. Andam todos obecados com as estatísticas.
A escola é apenas um parente pobre numa cadeia onde quem decide o faz a pensar na sua vidinha particular ou na sua elegibilidade, repetindo chavões que há muito esgotaram o prazo de validade.
Urge pôr de lado esquerdismos educativos que fizeram sentido nas décadas de 1970 e 1980 e discutir o que é a escola, qual a sua função, como deve estar organizada e como pode responder aos desafios do agora. Não é com computadores em miniatura nem com contenções salariais que se vai chegar a algum lado.
A lei é muito clara: a escoloridade é obrigatória até ao 9.º ano e até aos 15 anos de idade. Não tarda sê-lo-á até ao 12.º ano. Por causa das metas estatísticas. Os alunos, mesmo que refractários, têm de estar na escola. E a escola procura maneiras de os reter até ao limite legal.
Há um problema de educação geral. Que não tem a ver directamente com a escola, mas com a imagem que se tem da escola e do que dela se pretende. Considera-se, por exemplo, que é melhor ter os adolescentes ocupados dentro da escola do que à solta na rua. Em nome da segurança, do bem comum, blá blá. Mas a verdade é que os comportamentos de risco sempre existiram e continuarão a existir e que por mais boas intenções há um razoável número de pessoas que detesta a escola. O problema não está aí. O problema é querer a todo o custo baixar o nível para que esse tipo de alunos seja absorvido pelo sistema. Mesmo quando as mundividências são opostas aos princípios da escola.
Há já muitos estudos sobre os aparelhos repressores do Estado e sobre os valores que a escola defende. Como há muitos mais sobre a infantilização do ensino público. Mas ainda são poucos os estudos que abordam as consequências dessa infantilização na democracia.
Há já problemas graves no que respeita ao domínio da língua portuguesa. Lê-se mal, não se percebe o que se lê e passa-se adiante como se isso não fosse muito grave. Forma-se gente que terá 9 ou 12 anos de escolaridade e mal sabe ler. Que está, portanto, ao nível dos mais velhos que apenas fizeram os 4 anos de escola primária. Com a agravante de nesse tempo não se considerar nunca os alunos com dificuldades na aprendizagem e de eles serem, actualmente, o cerne das políticas educativas. Ou seja, quando não se gastava um chavo com apoios, com equipas multidisciplinares a escola afastava muitos que eram absorvidos pelo mercado de trabalho. Agora, que se gastam fortunas com essas coisas, os que completam 12 ou mais anos de escolaridade saem para o desemprego. E são educados no princípio de que têm o direito a receber ajudas. A mendicidade é geral e promovida pelo próprio Estado, leia-se, pelo dinheiro dos contribuintes. O país paga para que a fachada se mantenha e ainda contribui para os colégios e escolas particulares que rejeitam os alunos com dificuldades. E olha-se para os diversos programas eleitorais dos aprtidos que concorrem a eleições e não se vislumbra uma ideia que seja para contrariar este tipo de coisas. Andam todos obecados com as estatísticas.
A escola é apenas um parente pobre numa cadeia onde quem decide o faz a pensar na sua vidinha particular ou na sua elegibilidade, repetindo chavões que há muito esgotaram o prazo de validade.
Urge pôr de lado esquerdismos educativos que fizeram sentido nas décadas de 1970 e 1980 e discutir o que é a escola, qual a sua função, como deve estar organizada e como pode responder aos desafios do agora. Não é com computadores em miniatura nem com contenções salariais que se vai chegar a algum lado.
Muito bem!!!
ResponderEliminarTomamos a liberdade de copiar o excelente texto para o Candilhes, esperamos que não fiquem muito chateados.
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