16 julho 2009

Manias da actualidade


O pessoal adora brincar. A net permite que se brinque fazendo de conta que a coisa é a sério. O tweet é um bom exemplo. E há quem se sirva da ferramenta para publicar romances.
O conceito de romance e a filosofia por detrás do twitter são opostos. Mas isso que importa se daí advier visibilidade?
A visibilidade, a notoriedade são duas das febres que sufocam as pessoas. E todos os meios são válidos para as conseguir. Talvez venhamos a assistir, daqui a uns anos, à reformulação de muita da tralha que ainda nos serve para pensar o mundo. Não que não haja já alguns eloquentes exercícios de análise, mas permanecem fechados num determinado meio. A pouco e pouco a realidade encarregar-se-á de confirmar ou aperfeiçoar aquilo que ainda não passa de pontos de vistas muito particulares.
Por ora, saiba-se que o norte-americano Matt Stewart não conseguia encontrar uma editora que publicasse o seu romance de estreia: “The French Revolution” (A Revolução Francesa). Assim, vai descarregá-lo em 3500 “tweets” (os necessários para publicar os 480 mil caracteres da obra).
Quem terá paciência para ler aquilo tudo de trás para a frente? Será esta uma questão pertinente? O que importa é que ele ainda agora começou e já chegou a Portugal a notícia.

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