17 junho 2009

A sagrada predação


Há por aí, por aqui e por ali uma espécie de gente que sempre se elogia a si própria, sempre diz que o que faz é óptimo, quando não outro superlativíssimo. Há gente que não se enxerga e que sempre toma os outros por parvos.
Nem sempre, no entanto, pessoas assim encontram a única reacção aceitável, o sorriso de quem compreende e perdoa (isto falando em países de matriz cristã). Há quem reaja mal e se sinta ofendido, saltando para a arena e desembainhando a espada. Outros, optam pelo silêncio, sendo este ora de indiferença, ora de ressentimento.
O que custa mais a entender é que muitas dessas pessoas com o ego inflamado obtêm boas recompensas sociais, como se os seus pares, irmanados na mesma doença, tivessem estabelecido um pacto: o da sagrada predação.

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