26 junho 2009

R I P


Morreu, ontem. Por overdose. Coitado. Era e não era. Em quase tudo. Ganhou milhões. Perdeu milhões. Deu o seu contributo. Chamam-lhe rei. Já lhe vimos chamar nomes piores. Cada um tem os insultos que merece. Talvez quisesse (a pequena moral é sempre tão alarve e cómica) ser o que todos somos, um Zé-Ninguém. Mas era o Michael Jackson. Tinha 50 anos. Que descanse em paz.
E que os vivos apurem a gula, pois à custa do era e não era factura-se um pouco mais. E os que ainda há pouco escarneciam do pedófilo enaltecem agora o artista. Isto de ser artista é quase o mesmo que ser e não ser. Mas Shakespeare não é para aqui chamado.

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