27 maio 2009

De mentira em mentira até ao descalabro


Dias Loureiro demite-se no dia a seguir às declarações de Oliveira Costa. Ele diz que não foi por causa disso. Di-lo agastado, visivelmente perdedor. Há meses a pose foi bem outra.
A população há muito pensava que Dias Loureiro mentira. Mas o que a população pensa nada interessa para o bem-estar ou mal-estar das figuras em causa. Interessa-lhes sim, se vão ser ou não julgados e condenados.
Mas quanto a Dias Loureiro fica a questão: compreenderá que o que acaba de acontecer mina ainda mais a confiança que os cidadãos depositam na classe política? E que isso, nos tempos que correm, é perigoso, podendo Portugal caminhar para a berlusconização? Dias Loureiro quer ser um dos responsáveis por essa evolução?
Salvar a face é uma coisa, outra, bem diferente, é ter sido administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005. Ficou de contar a verdade e mentiu. Além de perjúrio, vem agora dizer que quer ser testemunha. Porque não disse o que tinha para dizer? Porque a lei o impede? Ora, ora, Manuel Dias Loureiro...

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