14 março 2009

Olha-m' este a dizer que não...

João Malva, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, diz que não, não e não.
A que é que ele diz que não?
À percentagem de cérebro que utilizamos no dia a dia (os famosos 10%). "A actividade do cérebro é extremamente dinâmica, varia a cada milissegundo e é portanto impossível quantificar numa determinada circunstância qual a percentagem que está a ser utilizada."
O cérebro pesa cerca de 1,4 kg e é constituído por zonas distintas que são utilizadas com intensidades diversas para desempenhar funções diferentes, mas todo o órgão é utilizado de uma forma ou de outra ao longo da vida.
Assim, zonas distintas do cérebro estão associadas a funções diferentes, como a memória, o movimento, o funcionamento dos órgãos ou as emoções.
Mas Malva vai mais longe. O cérebro, como qualquer estrutura do corpo, é um órgão que se treina e há sempre espaço para melhorar o seu desempenho. "Daí que as pessoas que se mantêm intelectualmente activas têm uma performance muito melhor do cérebro em termos cognitivos e isso tem a ver com o treino da actividade cerebral".
Nesse sentido, qualquer pessoa tem condições para melhorar o seu desempenho cognitivo, desde que haja disciplina e treino dirigido para uma determinada função.
E agora, Maria de Lurdes Rodrigues? E agora? Que chatice, já viste?

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