A net portuguesa tem a particularidade de continuar cara e de estar longe de corresponder às velocidades que pagamos.
No entanto, tem a vantagem óbvia de abrir portas que doutro modo nos estariam vedadas. Há muitos defensores da censura: desde analfabetos, passando por politiquinhos, até governos. O que é natural, a democracia assusta.
Tim Berners-Lee é dado como o pai da coisa (da teia internacional WWW). Há 20 anos criava um sistema sistema que facilitasse a partilha de documentos de pesquisas entre cientistas. Nada de imagens nem de cores, texto e tudo a preto e branco.
O problema que se coloca hoje é o da defesa da privacidade. É fácil entrar nos nossos computadores e sacar dados perigosos. No entanto, por sorte, nem todos somos vítimas de viroses e de ataques. Mas, segundo se diz, todas as empresas do mundo dariam rios de dinheiro para saber os nossos hobbies, os nossos gostos e taras, as nossas doenças, os endereços de e-mail e de casa, do trabalho. A informação é um bem precioso.
Tim Berners-Lee tem sido um paladino dos direitos dos utilizadores da Net, contra o controlo da informação. Esta semana, numa audição no Parlamento, alertou os deputados britânicos para a necessidade de os políticos não permitirem que empresas e até governos vejam o que fazem as pessoas na Web. “Usamos a Internet sem pensar que uma terceira parte pode saber no que é que acabámos de clicar. Mas os endereços das páginas que digitamos revelam muito das nossas vidas. É informação muito sensível”, disse. “Haverá uma grande pressão comercial para divulgar estes dados, por isso, nem deve ser gravada.”
A Google tem muita dessa informação e os que usam, como nós, blogues dessa plataforma, ainda revelam mais sobre si. Por enquanto, tais dados são mais ou menos mantidos em segredo, mas, caso isso não seja acautelado internacional e nacionalmente, o futuro pode revelar-se problemático. As anedotas sobre a falta de privacidade já correm por aí há anos.
Na net somos quase todos lesmas, deixamos um rasto de baba por onde passamos.
"os nossos hobbies, os nossos gostos e taras, as nossas doenças" - essa parte não é segredo, parolo!
ResponderEliminarQuerido anónimo, terá Vossa Senhoria razão, pois lá sabe por onde anda. Nós por cá é que somos muito pudicos e recatados e por nada deste mundo queremos que nos vejam a roupa íntima nem que andem a vasculhar os nossos sacos do lixo. Essa parte é segredo, sim. E continuará assim, enquanto a lei não deixar que seja de outra maneira.
ResponderEliminarCumprimentos lá em casa