19 janeiro 2009

Edgar Allan Poe - 200 anos do nascimento


Faz hoje 200 anitos que o senhor Poe entrou no planeta Terra. Entrou por Baltimore (USA), filho de um casal de actores. O drama chegou-lhe cedo. Sem pai nem mãe, vai viver com um negociante de tabaco. Se há coisa que dê mau resultado, é essa, vir de uma família de artistas e ser levado à força para uma de negociantes. O caldo azeda. E Poe fez jus à máxima (ou nós é que torcemos tudo para fazer de conta que foi mesmo assim).

Certo certo é que se desentendeu com o padrasto e abandonou os estudos pela carreira das armas. Quando a fúria é grande e não se sabe o que fazer, as armas são uma boa aposta, pois dão cama, comida e algum dinheiro.

Algumas peripécias depois, Poe ensaia-se no circo das letras e os resultados, não sendo nada de extraordinário, abrem-lhe um pouco o horizonte, que ele se encarregaria de fechar, com negrume e um mundo ficcional muito próprio.

Jornais, contos, poemas e alguns afectos temperam-lhe os dias que ele se habitua a rechear com álcool.

A morte anuncia-se num 3 de Outubro do ano de senhor de 1849, quando Edgar leva 4 décadas de muita pancadaria. Foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de delirium tremens, e levado para o Washington College Hospital. Quatro dias depois, farto de Baltimore e de tudo, despede-se, dizendo: «It's all over now: write Eddy is no more».

E pronto.

Deixou várias histórias, muitas das quais estão traduzidas e ainda circulam pelas livrarias. Boa leitura.

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