Mário Soares é um homem idoso e ponderado. Tem medo do que aí pode vir. Sócrates é novo e cheio de garganta, pelo que usa dos mesmos estratagemas do seu velho colega de comentários que lhe proporcionou a maioria absoluta: fazer de conta, propaganda, pseudo-optimismo. Se a coisa estoirar quem acredita que Sócrates será capaz de dirigir o barco? Sempre que há frases contra o homem fica crispado e reage como um menino mimado.
Os recados andam assim, nos jornais, para reorientar um partido que tem navegado demasiado à direita. O problema é a toxicidade do poder, muito propício a cegueiras e vaidades.
Soares prega contra um país que ajudou a criar: onde meia dúzia de novos-ricos açambarcam tudo, deixando à míngua um povo que mais não deseja que seguir-lhes as pegadas. Um país cheio de Sócrates, Filipes Menezes, Santanas Lopes e afins. Onde o Estado não hesita em defender os mais ricos com o dinheiro que andou a roubar aos mais pobres (que pagam impostos e que auferem salários e pensões de miséria).
Soares tem razão para ter medo. O problema é que a massa crítica está ainda muito colada aos chavões do liberalismo para poder reformular a sua maneira de pensar e ter ideias.
Era bom que estes pseudo politicos,que apenas olham para o seu bolso, tivessem em conta a realidade do país.Atenção Portugueses estão a pôr isto tudo de pantanas, e quando a porta fechar não há ninguém para pagar a factura, ou seja quem se safou pôs-ne na alheta, e deixaram os do costume para pagar a conta.
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