12 novembro 2008

Palas ponham-nas aos teimosos...

Argumentação - Zero.
Retórica - Mais do mesmo.
Autoritarismo - Muito.
Cegueira política - Bastante.
Teimosia (o busílis da questão) - Imensa.
Disponibilidade para negociar - Nenhuma.
E o momento hilariante do disurso: "Eu não estou disponível para esperar mais 30 anos para avaliar os professores."

3 comentários:

  1. "José Sócrates lembrou, ainda, que a seguir à manifestação dos professores em Março o Governo "dialogou com os sindicatos e chegou a acordo", tendo sido assinado um memorando de entendimento."

    Entre asneiras e medidas decentes, esta, na minha opinião, tem de avançar. E se os sindicatos assinaram um" memorando de entendimento" com o Governo, agora aguentem-se. Os professores têm de ser avaliados. Não vejo razão para que tal não aconteça.
    E continuo a achar que quem não quer a avaliação é porque tem receio da mesma.

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  2. Caro H. Blayer

    Muito obrigado pelo seu ponto de vista. É, como com certeza compreende, um ponto de vista. Uma opinião. Uma opinião não é um facto.
    E lamentavelmente, Sócrates não fala verdade. Faz propaganda.
    Quanto a ter receio da avaliação, é de facto uma questão muito interessante. Só é pena não saber a que se refere, pois ninguém tem receio da avaliação. Apenas não se concorda com este modelo de avaliação. Certamente o H. Blayer conhece o documento e concorda com ele. Ainda bem. Sócrates precisa disso. Os professores precisam de ser avaliados e o que está a acontecer é que não estão avaliados. Estão apenas a ser impedidos de progredir nas carreiras e a ser constrangidos para não avaliarem os alunos. As consequências disso far-se-ão sentir daqui a alguns anos. Espero que o nosso H. Blayer esteja disposto a chegar-se à frente e a dizer que foi um dos que concordou com isso.

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  3. Caríssimo
    Como é óbvio, serviria de pouco discutir o modelo de avaliação acordado entre Governo e Sindicatos e contestado pelos professores. A avaliação tem sido amplamente discutida a nível nacional e a única garantia e conclusão que se pode tirar, é que um processo destes nunca agradará a toda a gente. Obviamente, e falo por mim, quem tem participado nos debates, colóquios, encontros e afins, ao longo do último ano, para falar acerca do modelo de avaliação, percebe muito mais do assunto, do que eu.
    Mas o meu ponto de vista é simples. Há que começar por algum lado. Este país já perdeu anos (para não dizer décadas) a discutir intenções, que nunca chegaram à prática.
    Perdemos tempo. Portugal anda a perder tempo há demasiado tempo.
    Seria completamente utópico neste caso (como em muitos outros) esperar para chegar a um consenso generalizado acerca do modelo a aplicar.
    As mudanças são na sua maioria, incómodas, mas são também maioritariamente necessárias neste país.
    Será talvez ingenuidade da minha parte, mas continuo a achar que neste caso (como em tantos outros) será possível modificar o modelo de avaliação, adaptando-o à realidade nacional e fazendo com que todos consigam tirar proveito do mesmo: pais, alunos, professores, país.

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