01 novembro 2008

Os portugueses, descendentes dos fenícios


Um em cada 17 homens que hoje vivem nas costas do Norte de África e no sul da Europa podem ter tido um antepassado fenício, diz um estudo publicado na revista científica American Journal of Human Genetics.

Os locais onde há maior probabilidade de haver descendentes masculinos dos fenícios são as zonas mais perto do litoral na bacia do Mar Mediterrâneo e também a costa atlântica portuguesa.

Daí que se possa dizer que o ADN dos fenícios está nos genes dos portugueses.

Talvez seja daí que nos vem a costela de piratas, de gente que se adapta facilmente aos esquemas, aos negócios, mesmo escuros, às pequenas patifarias.
Os fenícios foram influenciados pelas culturas do Egipto e da Mesopotâmia e andaram por todo o Mar Mediterrâneo, desde o Médio Oriente até às costas orientais da Península Ibérica, onde exploraram o chumbo e a prata.
Chamou-se Fenícia à antiga região que se estendia pelo que é hoje o Líbano e por toda parte da Síria e da Palestina. A Fenícia era habitada por um povo de artesãos, navegadores e comerciantes.
Biblo (futura Jubayl), Sídon (Saída), Tiro (Sur), Bérito (Beirute), Árado, Ibiza no arquipélago dos Baleares, Cartagena na costa da Espanha, Cádice, Tangeri eram algumas das suas cidades, sendo Cartagine no Golfo da Tunísia, sua cidade principal.
O nome Fenícia deriva do grego Phoiníke (terra das palmeiras). Na Bíblia, parte da região recebe o nome de Canaã, derivado da palavra semita kena'ani, "mercador".
A Fenícia foi um dos territórios mais prósperos da antiguidade. Os fenícios desenvolveram uma florescente indústria, que abastecia os mais distantes mercados com objectos de madeira talhada (cedro e pinho) e tecidos (de lã, algodão e linho tingidos com a famosa púrpura de Tiro, extraída de um molusco). Também eram muito procurados os objectos de metal que trabalhavam exemplarmente e que os levava até outros territórios à procura de matéria-prima. Usavam o cobre, o ouro, a prata e o bronze para produzir jóias e figuras religiosas de alto valor. Os seus trabalhos em marfim alcançaram também grande perfeição técnica (pentes, estojos e estatuetas). Os fenícios descobriram ainda a técnica de fabricação do vidro e aperfeiçoaram-na.
Os gregos não gostavam muito deles, pois viam-nos como comerciantes desonestos, a quem chamavam Phoini (que significa púrpura ou vermelho).
Hábeis navegadores, supõe-se que tenham atravessado o Atlântico.

3 comentários:

  1. «Supõe-se que tenham atravessado o Atlântico»... que significa concretamente esta frase? Chegaram às ilhas Atlânticas? Atingiram a América? Atingiram o Golfo da Guiné?

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  2. Que tenham chegado à América, sim, Frederico. E afirmamo-lo com base em quê? Com base em vestígios encontrados no Amazonas e em estudos filológicos que apontam conexões entre termos de tribos sul-americanas e os fenícios.

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  3. Que parvoíce pegada o que foi escrito em cima.. Fenício quer dizer vermelho originalmente, porque o principal produto de exportaçao foram os têxteis tingidos de vermelho, devido à existência nas praias da zona do Líbano, de um molusco de onde seria extraído o pigmento vermelho. Do Grego para o português - Fénix.
    Sendo originários da zona da mesopotâmia, Líbano de hoje, conhecido não pelas Palmeiras mas pelos Cedros, matéria-prima essencial para os navios.
    Na versão Fenícia, os piratas eram os Gregos, competidores, tentando descobrir as rotas Fenícias, perseguindo e combatendo os navios, de tal modo que o primeiro "Seguro" Marítimo foi criado pelos Fenícios, chegando estes a abalroar propositadamente os próprios navios em recifes juntamente com o "perseguidor" Grego.
    E os Gregos são reconhecidamente honestos não é?..nem há clichés nem nada..vamos todos acreditar piamente no que eles e os Romanos disseram..
    É reconhecida a circumnavegação de África, e navegaram até à Indonésia, pelo menos.
    Dizer que os portugueses têm os mesmos antepassados que os Fenícios? Sem dúvida, é exactamente isso que é anunciado, e toda a nossa toponomía e cultura revelam esse facto. Mas nunca fomos Fenícios, fomos Iberos e Lusitanos, com o pequeno escudo de ferro e a Falcata.

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