29 outubro 2008

Um filme de terror com happy end

Fomes, pestes, guerras: trilogia maravilhosa que nos ajuda a perceber a passagem da idade média para a idade moderna.
Depois de tantas idades, de vermos a história do mundo por ciclos, chegamos ao século 21 e cá temos o cenário catastrófico: pestes (sida e outras), fomes (crises económicas, falta de alimentos, falta de água) e guerras (violência um pouco por todo o lado).
Depois da falta de numerário, chega o anúncio da falta de planeta: «Em 2030 a humanidade vai depender dos recursos naturais de dois planetas, algo que será “fisicamente impossível”, segundo o relatório bianual Planeta Vivo 2008 divulgado ontem.» Há quem diga que continuar a satisfazer o actual nível de consumo será “fisicamente impossível” e que isso causará “falhas técnicas” nos ecossistemas que ameaçarão as bases económicas da sociedade. “A limitação de recursos e o colapso de ecossistemas vão fazer disparar os preços dos alimentos e da energia”.
É de ficar com os cabelos em pé (mesmo que se seja careca).
Como resolver problema tão bicudo?
Para aproveitar o actual “momento histórico” (a crise da banca dos EUA, da Europa e doutros lugares), as Nações Unidas estão a trabalhar numa “nova ordem verde” mundial, lançada oficialmente a 22 de Outubro em Londres, capaz de reanimar a economia, evitar o colapso dos sistemas ambientais e criar milhares de empregos.
O novo conceito inspira-se no “New Deal” de Franklin Roosevelt que pôs fim à Depressão da década de 30 do século XX.
A ONU vai apelar aos líderes mundiais, entre eles o próximo Presidente dos Estados Unidos, para redireccionarem os investimentos na direcção da “energia limpa”, agricultura sustentável, redução da desflorestação e das emissões poluentes e para a construção de cidades e edifícios mais sustentáveis.

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