22 outubro 2008

O calvário de um cliente


A publicidade é sempre maravilhosa. Tudo são facilidades. Tudo funciona às mil maravilhas. Na prática, nada é assim. Os serviços são, de um modo geral, fracos, a qualidade deixa muito a desejar e o preço é demasiado alto para o serviço prestado.

Vejamos o caso da PT, empresa que, qual polvo, se subdivide em diversos tentáculos: PT, Sapo, TMN e meo. Se por acaso temos que ter um relacionamento telefónico com essa empresa, andamos a saltar de pessoa em pessoa, gastando tempo e dinheiro (as facilidades, recorde-se, são apenas na publicidade). As dúvidas não são esclarecidas, porque os/as pobres que nos atendem nunca podem esclarecer ou resolver as nossas dúvidas. Para isso têm que reencaminhar chamadas e lá recebemos um pouco de música.

Dar música é prática corrente. Mas quem a paga (e bem!) somos nós. Pagamos, somos mal servidos e ainda nos requerem conhecimentos técnicos avançados, pois temos de dominar o jargão de que fazem gala - com o óbvio propósito de empatar, reter a chamada e exasperar a paciência do cliente.

O pior é que a concorrência aprendeu pela mesma cartilha. Ou seja, usa exactamente os mesmos métodos.

E nós, espantados, perguntamos: dentro da mesma empresa não deveria ser tudo mais célere e funcional? Deveria. Se fosse para bem servir. Só que o propósito é mais vasto: lucrar. E lucrar num país como o nosso é fácil, basta ter uma espécie de monopólio e subdividir serviços por "empresas". Assim, enquanto nos dão música, também nos dão baile e nós, habituados a ser pacientes, porque queremos resolver as coisas, dançamos, assobiamos, arrancamos os cabelos, sopramos. E vamos abrindo os cordões à bolsa.

Os lucros são altos? Ah pois são.

Os abusos são recorrentes? Pudera!

E alternativas? Onde estão os tão propalados empresários?

Gastam milhares em publicidade para enganar a populaça e conseguir milhões.

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