19 outubro 2008

Dormir pouco faz mal à saúde


Os portugueses estão a dormir cada vez menos. Nas últimas décadas, o sono passou para segundo plano, estando confinado às horas que restam de dias cada vez mais agitados. Paradoxalmente, quanto mais se corta no sono, menos se produz. Estudos sobre a causa-efeito desta nova realidade demonstram resultados ainda mais preocupantes: a redução crónica do sono é um factor de risco para o aumento dos casos de hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, depressão e de mortes ao volante.

"Dormir é mais importante que comer", alerta Teresa Paiva, neurologista e investigadora responsável pelo laboratório do sono do Hospital de Santa Maria em Lisboa. "A privação crónica do sono tem consequências graves para a saúde física, para o equilíbrio emocional e para as capacidades cognitivas", sublinha.

Um estudo da Universidade de Chicago demonstrou que dormir pouco durante alguns dias interfere de tal forma no metabolismo do açúcar que o corpo deixa de processar a glucose no sangue e aumenta a produção de insulina.

A falta de sono dificulta a execução de tarefas, a concentração, o processo decisional e leva a comportamentos de risco para a segurança pessoal e dos outros.

Finalmente, a classe médica encontra cada vez mais ligações entre a privação do sono e a irritação, agressividade, ansiedade e depressão. Assim, mesmo com falta de tempo, o sono deve ser colocado no topo das nossas prioridades.


Fonte: DN

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