27 maio 2008

Paulo Teixeira Pinto


Foi professor. Foi membro de um governo de Cavaco Silva. Foi banqueiro. Pertenceu à Opus Dei durante 20 anos. Está reformado e dedica-se agora ao que sempre gostou de fazer: ler, escrever, pintar, ouvir música. Na revista «Única» (Expresso) de sábado passado vem uma entrevista com Paulo Teixeira Pinto (ou PTP), 47 anos, de que transcrevemos aqui um breve e significativo excerto.

É a favor da legalização das drogas leves e duras. Quer explicar porquê?

Faço-o por razões filosóficas, jurídicas, económicas, sociais e de saúde pública. O fenómeno é muito paralelo com o que aconteceu com a Lei Seca nos Estados Unidos. As fortunas multimilionárias, o crime organizado e a violência aconteceram com base na tentativa de dominar um bem que era proibido. Quando não há um terceiro prejudicado, o Estado não tem que intervir na vida pessoal de ninguém, seja no que for, incluindo o uso de drogas. Detesto uma política de costumes. O Estado não tem que se meter em questões de comportamento privado, de ordem moral, sexual ou outra, desde que seja feito de livre vontade.

É a favor do casamento entre homossexuais?

Não tenho nada contra as uniões homossexuais, mas não é um casamento. A palavra é infeliz. Agora que tenham os mesmos direitos perante o Estado não tenho nada contra.

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