Não, não se trata de nenhuma produção cinematográfica, tão-pouco de qualquer exposição espectacular. Os dinossauros estão de volta porque a Paleontologia e a Engenharia começaram a trabalhar em conjunto. O objectivo em vista é o avião do futuro.
Um avião com o comportamento inteligente de um organismo dinâmico, capaz de ajustar a forma, flexibilidade e tensão das suas asas a diferentes condições de temperatura, vento e pressão atmosférica. Seguindo um modelo aerodinâmico com 250 milhões de anos, que tem estado a ser desenvolvido nos estiradores da engenharia aeronáutica a partir dos modelos de fósseis de pterossauros – essa classe de gigantes répteis voadores do período Mezóico, extintos há 65 milhões de anos.
"Sabemos agora que dentro da membrana das asas destes animais havia diferentes camadas de tecidos, e não apenas uma pele tensa. Era como uma túnica viva, dinâmica, num jogo complexo de vasos sanguíneos, fibras e muitos pequenos músculos" diz o paleontólogo britânico David Unwin. E é nesse complexo sistema, que permitia a estes gigantes o domínio perfeito do voo, atingindo velocidades enormes e mantendo uma extraordinária capacidade de manobra rápida, que se acredita estar a chave tecnológica dos aviões de amanhã.
"Os engenheiros aeronáuticos com quem tenho contactado estão muito entusiasmados com esta ideia, porque é exactamente isso que eles hoje procuram desenvolver", explica Unwin.
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