«Seis milhões, quatrocentas e sessenta e nove mil, novecentas e cinquenta e duas. Este é o número total de pintas de dálmatas que uma equipa de animadores da Walt Disney teve de desenhar nos cães de Os 101 Dálmatas quando o filme foi feito, em 1961, e ainda não existiam computadores para executar estas penosas tarefas. O cão Pongo tem 72 pintas, a cadela Perdita, 68, e cada um dos 99 cachorrinhos, 32. E o filme, 77 minutos de duração.
O filme serviu-se do livro infantil Os 101 Dálmatas, da autoria da escritora inglesa Dodie Smith.
Foi o primeiro desenho animado da Disney passado num ambiente contemporâneo - a Londres do início dos anos 60 - e a afastar-se dos enredos de contos de fadas e livros infantis tradicionais. Nele foi estreada a técnica animada da xerografia, que poupava trabalho e dinheiro ao estúdio, mas à qual Disney começou por pôr reservas estéticas.
O filme adoptou também uma personalidade visual mais "moderna" e estilizada, que divergia do estilo clássico, "romântico" e "redondo", de Walt Disney, e tem uma banda sonora muito jazzy, com menos canções do que era habitual nas produções animadas do estúdio. Outro dos seus grandes trunfos foi a cadavérica e estridente vilã Cruella de Vil, concebida pelo veterano Marc Davis, que se tornou numa das figuras mais populares do universo da Disney.
Em 1967, Smith escreveu The Starlight Barking, uma continuação de Os 101 Dálmatas. Mas Walt Disney tinha morrido um ano antes, e o livro nunca foi adaptado ao cinema.»
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