22 novembro 2010
12 novembro 2010
Henryk Górecki (1933-2010)
Henryk Górecki, compositor polaco, morreu hoje em Katowice. É comparado a compositores como Olivier Messiaen ou Arvo Pärt, pela estrutura musical, pelo temperamento romântico e pelos temas religiosos.
A sua música, inicialmente marcada pelo serialismo e pelo modernismo de Webern, Xenakis e Boulez, revela-se numa Sinfonia nº1, de 1959, recebida com entusiasmo na Polónia. A Sinfonia nº2 surgiria 13 anos depois, para celebrar o 500º aniversário do nascimento de Copérnico. O vanguardismo inicial dá lugar a um lirismo mais acentuado e a um investimento melódico mais tradicional.
Católico devoto, procuraria a partir dali incutir na sua música um sentido espiritual profundo, que atingirá o auge na sua obra mais conhecida, a Sinfonia nº3, construída sobre um lamento do século XV, as palavras que uma adolescente escreveu nas paredes de uma prisão polaca da Gestapo e uma história do folclore da Silésia, em que uma mãe chora o filho perdido na guerra. Conhecida como "Sinfonia das Canções Tristes", tornaria Górecky um caso raro de sucesso, com os mais de um milhão de discos vendidos em 1992.
Na sequência desse êxito, o polaco colaborou com o Kronos Quartet e a Orquestra Sinfónica de Londres.
A sua música, inicialmente marcada pelo serialismo e pelo modernismo de Webern, Xenakis e Boulez, revela-se numa Sinfonia nº1, de 1959, recebida com entusiasmo na Polónia. A Sinfonia nº2 surgiria 13 anos depois, para celebrar o 500º aniversário do nascimento de Copérnico. O vanguardismo inicial dá lugar a um lirismo mais acentuado e a um investimento melódico mais tradicional.
Católico devoto, procuraria a partir dali incutir na sua música um sentido espiritual profundo, que atingirá o auge na sua obra mais conhecida, a Sinfonia nº3, construída sobre um lamento do século XV, as palavras que uma adolescente escreveu nas paredes de uma prisão polaca da Gestapo e uma história do folclore da Silésia, em que uma mãe chora o filho perdido na guerra. Conhecida como "Sinfonia das Canções Tristes", tornaria Górecky um caso raro de sucesso, com os mais de um milhão de discos vendidos em 1992.
Na sequência desse êxito, o polaco colaborou com o Kronos Quartet e a Orquestra Sinfónica de Londres.
10 novembro 2010
A diferença entre um vaso e uma tela
O vaso tem sete séculos de vida. A tela tem alguns anos. O vaso remonta à Dinastia Yuan (século XIV) e é raro. A tela é de 1962, tem o título de "Large Coca-Cola”, realizada por Andy Warhol a preto-e-branco.
Ambas as peças foram vendidas em leilão, pela mesma empresa de leilões. O vaso pela Sotheby’s de Londres. A tela pela Sotheby’s de Nova Iorque. A primeira por 3 milhões de euros. A segunda por 25 milhões de euros.
Ou seja: a história tem valor reduzido no mercado de bens culturais de agora. O presente valoriza a especulação e Andy Warhol é o senhor money por excelência.
Ambas as peças foram vendidas em leilão, pela mesma empresa de leilões. O vaso pela Sotheby’s de Londres. A tela pela Sotheby’s de Nova Iorque. A primeira por 3 milhões de euros. A segunda por 25 milhões de euros.
Ou seja: a história tem valor reduzido no mercado de bens culturais de agora. O presente valoriza a especulação e Andy Warhol é o senhor money por excelência.